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Logística hospitalar: dizendo adeus ao desperdício em farmácia

Atualizado em: 05/12/2023
Tempo de leitura: 6 min
Sumário

Como a logística hospitalar pode transformar déficit em lucro em meio ao caos do desperdício

A logística hospitalar é responsável por administrar de forma estratégica e racional as aquisições, movimentações e armazenagem de materiais, para que medicamentos e insumos estejam disponíveis para o tratamento dos pacientes no lugar certo e na hora certa.

É uma convenção, embora não seja de pleno consenso, distingui-la como aquela que trata dos processos a nível intraorganizacional, diferente do Supply Chain Management (SCM), que trata a logística sob uma visão mais ampla, a nível interorganizacional.

Com custos elevados, a cadeia de suprimentos representa a 2ª maior despesa dos hospitais, conferindo um enorme peso para a sustentabilidade financeira dessas instituições.

Ambiguamente, ela também representa o maior fator de geração de renda nos hospitais, superando em até 3 vezes os valores da prestação de serviços assistenciais.

Sobrevivência e gestão: como está a saúde dos hospitais?

O setor hospitalar atravessa uma crise sem precedentes, conferindo às instituições um enorme desafio gerencial. Dentre os fatores externos, são considerados mais agravantes:

  • envelhecimento da população: que reflete no aumento da exigência do sistema como um todo;
  • defasagem da tabela de remuneração do SUS: há cerca de 10 anos sem atualização dos valores;
  • exigências por mudanças nos modelos de remuneração: tende-se a não remunerar hospitais por procedimentos realizados em decorrência de eventos adversos aos pacientes, algo já estabelecido nos EUA desde 2008;
  • alta do dólar: medicamentos e materiais importados ficaram mais caros;
  • atual crise político-econômica e desemprego: indivíduos perdem o emprego e juntamente o acesso ao benefício. Houve redução de 3,1 milhões no número de usuários de convênios entre 2014 e 2017.

De acordo com um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH), 1.797 hospitais privados foram fechados entre 2010 e 2018. Mesmo considerando-se os hospitais inaugurados durante o período, o saldo final é significativamente negativo e preocupante.

Observa-se, no entanto, que muitas instituições do setor conseguem se manter — e inclusive prosperar — durante a crise. O caminho para a sustentabilidade financeira passa obrigatoriamente pela redução de custos, balizado pelo forte aperfeiçoamento contínuo e eliminação de desperdícios.

Saiba mais: como a SisnacMed tem ajudado diversas instituições hospitalares a superar o paradoxo da “eficiência com qualidade e segurança” através de soluções inovadoras que agregam elevado valor em economia e eficiência para a farmácia hospitalar.

Logística hospitalar e desperdício: qual o custo da ineficiência?

Estudos mostram que qualquer produto ou serviço hospitalar é acometido por desperdícios da ordem de 20% a 30%, ou seja, abarcam custos que poderiam ser eliminados sem prejuízo de seus atributos.

Um ponto crítico quando se fala em desperdícios em hospitais diz respeito aos estoques de medicamentos.

Como é possível gerir estoques de forma racional sem informações verdadeiras e em tempo real sobre a disponibilidade efetiva de itens?

Devido ao alto risco e custos associados à falta, muitos medicamentos são solicitados com objetivo de maximização da sua disponibilidade, mobilizando um ativo desnecessário e conferindo riscos de perdas por vencimentos.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) estima que cerca de 20% dos medicamentos adquiridos pelos hospitais públicos e privados são desperdiçados anualmente. O prejuízo ultrapassa 1 bilhão de reais.

Na ausência de informações básicas como estoque máximo e mínimo, ponto de ressuprimento e consumo médio mensal, que são calculadas automaticamente em um sistema informatizado, fica muito difícil ou até mesmo impraticável a realização de uma programação de compras alinhada à demanda real do hospital.

Eventos adversos: prejuízos evitáveis?

Erros em hospitais são responsáveis por 829 mortes por dia no Brasil, sendo a segunda maior causa de morte no país. O número equivale à soma das mortes causadas por acidentes de trânsito, violência e pelo câncer.

Detalhe: 64% deles são considerados evitáveis.

Aproximadamente 30% dos danos causados durante a hospitalização são associados a erros de medicação

Nos EUA um estudo revelou que 43% de erros de medicação são causados pela administração de medicamentos em horário errado, 30% por omissão, 17% dose errada e 4% por aplicação de medicamentos sem autorização.

No Brasil, um estudo realizado em cinco hospitais públicos detectou erro em 30% de 5 mil doses de administradas.

Quais as consequências disso para as instituições?

Pacientes vitimizados por essa intercorrência ficam internados por um tempo médio até 3 vezes maior do que o previsto inicialmente.

Segundo o relatório Tackling Wasteful Spending on Health, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas de 10% dos gastos hospitalares são destinados a corrigir erros médicos evitáveis ou infecções que são adquiridas nos hospitais. Erros e fraudes representam ainda 6% de acordo com o relatório.

Farmácia hospitalar: adotando uma logística que funciona

Com seria o cenário onde esses erros fossem combatidos “de frente”? Quantos recursos poderiam ser reinvestidos com base nos desperdícios evitados?

Uma cadeia de suprimentos hospitalar eficiente é aquela que garante que o que tudo aquilo que foi adquirido pelo hospital foi utilizado no paciente certo, na hora certa e no local certo e que, aquilo que não foi utilizado, retornou em segurança para a central de abastecimento.

Dispensação de medicamentos por dose unitária: eficiência assegurada

A dispensação de medicamentos por dose unitária é considerada a forma mais segura e racional até o momento. Estudos demonstram que a adoção desse sistema promove, apenas em gastos com medicamentos, economia de 25% a 40%.

No sistema, as medicações prescritas são separadas pelo farmacêutico nas doses e formas prontas para uso, juntamente das informações do paciente, leito e horário de administração.

Isso possibilita que farmacêuticos tenham participação efetiva nas atividades para as quais foram formados (todas as relacionadas a medicamentos) e o tempo da equipe de enfermagem deixe de ser desperdiçado com atividades logísticas de baixo valor agregado e que tanto competem com o tempo dedicado para assistência aos pacientes.

Os estoques periféricos, grande foco de perdas e extravios, ficam limitados às doses para 24 horas, soluções antissépticas e fármacos de emergência. Doses não administradas retornam em segurança à farmácia.

São inúmeras as vantagens desse sistema:

  • Redução da incidência de erros de administração de medicamentos;
  • Identificação do medicamento até o momento da sua administração, sem necessidade de transferências e cálculos;
  • Redução de tempo dispendido pelo pessoal de enfermagem nas medicações;
  • Diminuição de estoques periféricos, e consequente redução de perdas;
  • Otimização do processo de devolução;
  • Auxílio no controle de infecção hospitalar, devido ao preparo das doses em ambientes reservados;
  • Faturamento mais preciso do consumo de medicamentos (por paciente);
  • Maior segurança para o médico em relação ao cumprimento das prescrições;
  • Participação efetiva do farmacêutico na definição da terapia medicamentosa;
  • Eliminação de erros de transcrição de receitas;
  • Grande adaptabilidade a sistemas informatizados.

Tornando a unitarização de medicamentos escalável e segura

A SisnacMed dispõe de uma linha completa de soluções voltadas para tornar a farmácia hospitalar mais eficiente, segura e racional.

Equipamentos como a TotalPack, garantem máxima produtividade e segurança na produção de kits individualizados a partir de quaisquer formas farmacêuticas.

O equipamento possui integração com os principais ERP’s e produz até 2.500 unidades/hora, gerando segurança e grande economia de tempo na unitarização e montagem dos kits.

Confira: Dispensação de medicamentos em farmácia hospitalar: somos especialistas e podemos te ajudar!

Controle e rastreabilidade: dispensários eletrônicos inteligentes

Armários inteligentes oferecem controle de acesso por biometria e código de barras e trabalham integrados aos principais ERP’s/HIS, notificando as movimentações em tempo real.

O controle das retiradas e manutenção de registro unificado permitem consultas rápidas e precisas aos estoques.

Informações de qualidade permitem a atualização constante dos custos por item, determinação dos níveis mínimo, máximo e de segurança, e custos de falta.

Erradicando erros na administração

O Pharmatrack é uma solução para fechar com chave de ouro a dispensação segura de medicamentos.

Permite a verificação de conformidade entre a prescrição e o paciente no ato da administração via código de barras.

Conclusão

Hospitais atravessam uma crise sem precedentes, alavancada por fatores como o envelhecimento da população, dificuldades de gestão, alta do dólar e conjuntura político-econômica do país.

Instituições que prosperam em meio ao cenário inóspito, focam a atenção no combate ao desperdício.

Investir em logística hospitalar, com processos mais eficientes que assegurem racionalidade e segurança ao paciente representa uma grande oportunidade econômica.

A SisnacMed tem ajudado diversas instituições hospitalares a superar o paradoxo da “eficiência com qualidade e segurança” através de soluções inovadoras que agregam elevado valor em economia e eficiência para os hospitais.

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Equipe Sisnacmed

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